Ana Luísa Leitner Paz Ferreira é uma menininha linda, de 2 anos de idade, que desde muito cedo mostra sua força enfrentando uma doença rara: a linfoistiocitose hemofagocítica, um distúrbio que causa disfunção imunitária em bebês e crianças pequenas. A mãe dela, Cíntia, relata que demorou cerca de um mês para descobrir a doença.
O tratamento começou em Cuiabá, mas, para fazer um acompanhamento médico melhor, elas se mudaram para São Paulo, onde Ana Luísa já passou por 11 sessões de quimioterapia, que ainda não surtiram o efeito desejado para a cura. “Não resolveu por completo. As células que destroem as hemácias dela não morreram todas. Então, devido a isso, a médica cadastrou ela para fazer o transplante de medula óssea”, conta Cíntia.
Lutando pela saúde da criança, os familiares de Cíntia estão organizando um almoço beneficente que ocorrerá neste sábado (4), no centro comunitário da comunidade Baús, em Acorizal (65km de Cuiabá). O evento contará com bingo e rifa, no valor de R$ 10 cada, com um bezerro de prêmio em cada sorteio. Além disso, outro bezerro será leiloado. Toda a arrecadação irá ajudar no custeio da Ana Luísa e de Cíntia em São Paulo, que vivem em um apartamento alugado na capital paulista, enquanto fazem o tratamento. Para comprar convite para o almoço, basta chegar no local ou telefonar para 65 99931-6091 para obter mais informações.

De acordo com Cíntia, o marido dela, Jaildo, que é motorista, viaja uma vez por mês para ficar alguns dias com a família. Quem a acompanha diariamente e a ajuda com Ana Luísa é sua mãe, que também se mudou para São Paulo.
Além da campanha pelo tratamento de Ana Luísa, Cíntia começou também uma campanha de conscientização para que mais pessoas se tornem doadoras de medula óssea, fazendo seu cadastro junto ao Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). No Instagram @princesa_analuisa é possível acompanhar a saga de mãe e filha em busca da cura e também informações sobre como ser doador.
“A gente está buscando o doador externo, não o familiar. A gente está pedindo que as pessoas façam o cadastro não somente em relação a Ana Luísa, a minha intenção é ajudar tanto ela quanto inúmeras outras crianças e pessoas que têm alguma doença que precise do transplante”, afirma Cíntia.
A chance de compatibilidade entre doador e paciente é de até 25% se for entre aparentados; 1 para 100 mil se for entre brasileiros e de 1 para 1 milhão se for entre brasileiro e estrangeiro. Após o transplante, a chance de “pega”, ou seja, de efetiva compatibilidade é de até 64%.
Para doar, é preciso ir até um banco de sangue público, o Hemocentro, com documento de identidade. Lá, um profissional da saúde dará todas as explicações necessárias e colher uma pequena amostra de sangue. O candidato a doador assina um termo de consentimento e fica no aguardo.
É importante sempre manter os dados – como endereço e telefone – atualizados (você pode fazer isso pessoalmente no banco de sangue ou pelo site do Redome). Isso porque o cadastro vale até o doador ompletar 60 anos de idade.
Caso seja encontrado um paciente compatível, o doador passa por exames antes de fazer o procedimento. Mais informações podem ser obtidas no site redome.inca.gov.br
Em Mato Grosso, somente se faz o cadastro no MT-Hemocentro, banco de sangue público, localizado na Rua 13 de junho, 1.055, bairro Centro Sul. Cuiabá-MT. O telefone para mais informações é (65) 3623-0044, ramal 222.